Ao sair do casulo, ainda há a espera. Há de se secar os excessos para então seguir o destino: ter asas.
A beleza é tanta que leva tempo pra se revelar. Desembrulha-se depois do preciso tempo encasulada; abre devagar cada cor sem retocar.
E após a merecida calma, se lança sem pressa e sem pausa rumo ao ermo.
Embora em dias a contagem de sua vida seja curta, em alma é a eternidade absoluta.
Quem já sentiu a brisa de uma borboleta conhece de estar vivo.
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MARIANA FRANÇA
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